Texto de Mirella Faur
extraído do Anuário da Grande Mãe
extraído do Anuário da Grande Mãe
Ao longo dos tempos, entre os Kiowa, Cherokee,
Iroquois, Sêneca e em várias outras tribos nativas norte-americanas, as
anciãs contavam e ensinava, nos "Conselhos de Mulheres" e nas "Tendas
Lunares", as tradições herdadas de suas antepassadas. Dentre várias
dessas lendas e histórias, sobressai a lenda das "Treze Mães das Tribos
Originais", representando os princípios da energia feminina manifestados
nos aspectos da Mãe Terra e da Vovó Lua.
Neste momento de profundas transformações humanas e
planetárias, é importante que todas as mulheres conheçam este antigo
legado para poderem se curar antes de tentarem curar e nutrir os outros.
Dessa forma, as feridas da alma feminina não mais se manifestarão em
atitudes hostis, separatistas, manipuladoras ou competitivas. Alcançando
uma postura de equilíbrio, as mulheres poderão expressar as verdades
milenares que representam, em vez de imitarem os modelos masculinos de
agressão, competição, conquista ou domínio, mostrando, assim, ao mundo
um exemplo de força equilibrada, se empenhando na construção de uma
futura sociedade de parceria.
Como regentes das treze lunações, as Treze Matriarcas
protegem a Mãe Terra e todos os seres vivos, seus atributos individuais
sendo as dádivas trazidas por elas à Terra. O símbolo da Mãe Terra é a
Tartaruga e seu casco, formado de treze segmentos, simboliza o
calendário lunar.
Conta a lenda que, no início da no nosso planeta,
havia abundância de alimentos e igualdade entre os sexos e as raças.
Mas, aos poucos, a ganância pelo ouro levou à competição e à agressão, a
violência resultante desviou a Terra de sua órbita, levando-a a
cataclismos e mudanças climáticas. Em conseqüência, para que houvesse a
purificação necessária do planeta, esse primeiro mundo foi destruído
pelo fogo.
bordado Matizes Bordados Dumont
Assim, com o intuito de ajudar em um novo início e restabelecer o equilíbrio perdido, a Mãe Cósmica, manisfestada na Mãe Terra e na Vovó Lua, deu à humanidade um legado de amor, perdão e compaixão, resguardado no coração das mulheres. Para isso, treze partes do Todo representando as treze lunações de um ciclo solar e atributos de força, beleza, poder e mistério do Sagrado Feminino. Cada uma por si só e todas em conjunto, começaram a agir para devolver às mulheres a força do amor e o bálsamo do perdão e da compaixão que iriam redimir a humanidade. Essa promessa de perfeição e ascensão iria se manifestar em um novo mundo de paz e iluminação, quando os filhos da Terra teriam aprendido todas as lições e alcançado a sabedoria.
Assim, com o intuito de ajudar em um novo início e restabelecer o equilíbrio perdido, a Mãe Cósmica, manisfestada na Mãe Terra e na Vovó Lua, deu à humanidade um legado de amor, perdão e compaixão, resguardado no coração das mulheres. Para isso, treze partes do Todo representando as treze lunações de um ciclo solar e atributos de força, beleza, poder e mistério do Sagrado Feminino. Cada uma por si só e todas em conjunto, começaram a agir para devolver às mulheres a força do amor e o bálsamo do perdão e da compaixão que iriam redimir a humanidade. Essa promessa de perfeição e ascensão iria se manifestar em um novo mundo de paz e iluminação, quando os filhos da Terra teriam aprendido todas as lições e alcançado a sabedoria.
Cada Matriarca detinha no seu coração o conhecimento e
a visão e no seu ventre a capacidade de gerar os sonhos. Na Terra, elas
formaram um conselho chamado "A Casa da Tartaruga" e, quando voltaram
para o interior da Terra, deixaram em seu lugar treze crânios de
cristal, contendo toda a sabedoria por elas alcançada. Por meio dos
laços de sangue dos ciclos lunares, as Matriarcas criaram uma Irmandade
que une todas as mulheres e visa a cura da Terra, começando com a cura
das pessoas. Cada uma das Matriarcas detém uma parte da verdade
representada, simbolicamente, em uma das treze ancestrais, as mulheres
atuais podem recuperar sua força interior, desenvolver seus dons,
realizar seus sonhos, compartilhar sua sabedoria e trabalhar em conjunto
para curar e beneficiar a humanidade e a Mãe Terra.
Somente curando a si mesmas é que as mulheres poderão
curar os outros e educar melhor as futuras gerações, corrigindo, assim,
os padrões familiares corrompidos. Apenas honrando seus corpos, suas
mentes e suas necessidades emocionais, as mulheres terão condições de
realizar seus sonhos.
Falando suas verdades e agindo com amor, as mulheres
atuais poderão contribuir para recriar a paz e o respeito entre todos os
seres, restabelecendo, assim, a harmonia e a igualdade originais, bem
como o equilíbrio na Terra.
Meditação para entrar em contato com a Matriarca de qualquer lunação
bordado Matizes Bordados Dumont
Transporte-se mentalmente para uma planície
longínqua. Ande devagar por entre os arbustos e diferente tipos de
cactos, nascendo do chão pedregoso. O ar está calmo, o silêncio
quebrado apenas pelo canto de alguns pássaros. Veja o Sol se pondo,
colorindo o céu nos mais variados tons de dourado e púrpura.
No meio dos arbustos você enxerga uma construção
rudimentar de adobe, meio enterrada no chão, lembrando o casco de uma
tartaruga. Ao redor, há um círculo de treze índias, algumas idosas,
outras jovens, vestidas com roupas e xales coloridos e enfeitadas com
colares e pulseiras de prata, turquesa e coral. A mais idosa bate um
tambor, as outras cantarolam uma canção que lhe parece familiar. Uma
delas lhe faz sinal para que você se aproxime e você a segue
respeitosamente.
Sabendo que chegou à Casa do Conselho, onde receberá
apoio e orientação, você entra na estranha construção de teto, por uma
abertura, descendo por uma escada rústica de madeira. Ao descer a
escada, você se percebe dentro de uma "Kiva", a câmara sagrada de
iniciação dos povos nativos. As paredes estão decoradas com treze
escudos, cada um ornado de maneira diferente, com penas, símbolos,
conchas e fitas coloridas. O chão de terra batida está coberto de ervas
cheirosas e algumas esteiras de palha trançada. No fundo da "Kiva", você
vê duas pequenas fogueiras, cuja fumaça sai por duas aberturas no teto.
Esses "fogos cerimoniais" representam os dois mundos - o material e o
espiritual - e as aberturas representam os canais ou "antenas " que
permitem a percepção dos planos sutis. A fumaça representa o caminho
pelo qual os pedidos de auxílio e as preces são encaminhados para o
Grande Espírito.
No centro, perto de um caldeirão, está sentada a
Matriarca que você veio procurar. Ajoelhe-se e exponha-lhe seu problema.
Ouça, então, sua orientação sábia ecoando em sua mente. Peça, em
seguida, que ela toque seu peito, acendendo assim o terceiro fogo, a
chama amorosa de seu próprio coração. Sinta o calor de sua benção
curando antigas feridas e dissolvendo todas as dores, enquanto a chama
lhe devolve a coragem, a força, a fé e a esperança. Agradeça à Matriarca
pela dádiva que lhe devolveu seu dom inato e comprometa-se a
restabelecer os vínculos com a Irmandade das mulheres, lembrando e
revivendo a sabedoria ancestral.
Despeça-se e volte pelo mesmo caminho, tendo
adquirido uma nova consciência e a certeza de que jamais estará só, pois
a Matriarca da Lunação de seu nascimento a apoiará e guiará sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário